segunda-feira, 24 de maio de 2010

A mão voa em pensamento e ato e descobre no metal qualidades que não suspeitávamos: nos vemos, então, diante de uma fruteira, um violeiro, um carro de boi, um boneco motoqueiro ou um qualquer sonho corporificado. E o que não se pode fazer com a madeira, matéria-prima para se construir a casa e tudo o que nela há, tudo que a cerca? O que foi árvore dá todos os frutos que a imaginação possa idealizar.
A mente e a fantasia inventam ao infinito e do couro nascem as mais variadas formas, utensílios e belezas que nos maravilham. Tudo serve para a metamorfose: não há limites quando se trabalha com as fibras vegetais, o papel, a prata, o gesso. As obras fabricadas, uma a uma, trazem a alma do criador. A cultura é isso, manifestação do que o homem é e foi, do que o homem fez e faz, do que será e fará.

Fernando Brant

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